Sabrina Sato

Sabrina Sato Rahal

¤ 04/02/1981 –  † 01/06/2010
Musa dos motoboys de segunda linha

Epitáfio: “Não há nada tão equitativamente distribuído
no mundo como a inteligência: todos estão convencidos
de que têm o suficiente” (René Descartes)

No fim dos anos 80 havia um programa humorístico genial, chamado TV Pirata, no qual o ator Ney Latorraca, interpretava o personagem Barbosa, um velhote malandro e senil que repetia o final das frases alheias ou as pontuava com seu famoso ‘Ba-bosa!’.

Vinte e tantos anos depois, temos o personagem abobalhado revivido nas carnes marombadas de Sabrina Sato. Observemos que Barbosa era personagem de um Latorraca, (justiça se faça) no auge de sua carreira, ao contrário de Sabrina, que em sua pior e única fase, é apenas uma trágica caricatura de si mesma.

Quando a Rede Globo decidiu atirar a ex-dançarina na lata de lixo do ostracismo, o público não se deu conta de um desses raros momentos em que alguma lucidez, mesmo que acidental, acomete as mentes dos gângsteres que operam a televisão desta barafunda penta-campeã de futebol.

Atraídos pelo chorume do descarte, os abutres do Pânico na TV entenderam que essa raspa do Big Brother, à época concubina do indigente moral Carlos Alberto da Silva, o Mendigo do Pânico, muito bem serviria à missão de, em rede nacional, humilhar toda uma colônia. O estratagema surtiu um efeito que transcendeu o inicialmente planejado elevando a ‘Carla Peres do Oriente’ à categoria de genuína vergonha nacional.

Dentro ou fora da televisão, com ou sem script, a boneca de inflar refugia-se em seu monocórdico bordão – ‘É verdade!’– em todas as suas inúteis tentativas de disfarçar a incapacidade natural de desenvolver opiniões e vida própria.

Existe uma montadora de motocicletas que direcionava uma fatia de seu orçamento de marketing para que essa intelectualmente desequipada associasse a ‘tecnologia que a criou’ à tecnologia de suas motocas.

Pergunto aos profissionais de marketing, que por ventura passem os olhos por este texto, qual diabo de estratégia é essa de associar um produto, que se apresenta como tecnologicamente avançado, a uma personalidade que, em sua própria incapacidade de se aperfeiçoar, é ícone para aqueles que se recusam a evoluir?

Até a data de publicação deste material (Jun/10), namorava o deputado federal Fábio Faria, ex-Adriane Galisteu, a eterna ex-Ayrton Senna ‘do Brasil’, mostrando que mesmo vivendo da fama de obtusa, segue os caminhos de grandes mestras do acochambramento rumo aos seus objetivos previdenciários.

Uma opinião que me pareceu muito simbólica sobre o que o público espera dessa moça veio de um leitor deste blogue, o Daniel Leonardo, que entre outras coisas, sugeria que a cíclope fosse empalhada (não confundir com empalada, do verbo empalar) ao invés de sepultada, como é a tradição.

Penso que esta talvez seja uma boa solução a ser considerada por seus parentes e serviçais, pois assim a parcela que lhes cabe, dos mais de 300 mil reais que a inanimada alardeia faturar por mês, estaria garantida por um bom tempo além daquele em que as borrachas dão conta de segurar os peitos e as nádegas.

Como a expressão de idéias e conclusões apropriadas a alguém com um QI superior ao de uma batata nunca foram coisas que a televisão ousou exigir de Sabrina, apenas correm o risco de eternizar o faturamento com a boneca de decorar vitrines, agora, definitivamente silenciada.