Certificado Jedi de mediocridade

lael.lael@***.com
201.88.198.***
2010/05/05 at 23:21
sobre Ivete Sangalo

O que é cultura? O que faz a cultura de um povo? bem, de acordo com estudiosos e pesquisadores, os ditos intelectuais deste mundo, cultura é: O COMPLEXO dos padrões de comportamento,das crenças, das manifestações artísticas, etc.

A nossa cultura , entretanto, é composta pela mistura de tantos ritmos, estilos, crenças, etc.

Axé é cultura. Funk é cultura. Bossa Nova é cultura. O que não existe, caros intelectuais deste site, é uma cultura superior a outra. Aqui no Brasil, os “intelectuais” que leem fragmentos de livros e apostilas tem mania de achar que só é cultura Bossa Nova, ouvir Chico Buarque e sua turma ( são excelentes) mas só eles não representa a cultura brasileira. Querendo ou não, os outros segmentos musicais, artisticos tambem fazem parte da nossa cultura. Com tanta diversidade cultural, nós brasileiros temos o privilégio de gostar de determinada manifestação em detrimento a outros, isso é até democrático e vai pela questão de gosto. Mas é inadmissivel dizer que aquela CULTURA que voce nao gosta é inferior a que voce gosta ou afirmar que nao é CULTURA ( isso é comprovação da sua burrice)

Quanto à SRA. SANGALO, ela se propõe a fazer a cultura do CARNAVAL com base no estilo musical do AXE. O axé é um segmento musical, onde as pessoas que se propoe a ouvir, geralmente sabem que as musicas sao mais ritmadas, o enfoque nao é pra letra, mas sim para o ritmo, pois a proposta é fazer voce pular, pular, pular. Não se escuta axé em momentos que voce quer refletir, e assim por diante. Longe disso, a proposta do AXE é que vc escute-o quando estiver com vontade de comemorar, de suar a camisa e de pular mesmo, ou seja, é musica pra CARNAVAL ( e carnaval tb é cultura).

Nesse aspecto, caro colega, a IVETE é a melhor desse país e pelo que conheço e participo, ainda levará algum tempo para a mesma ser enterrada. A cantora que mais vende DVD nesse país, ganhou um grammy latino, participa de grandes duetos( ate mesmo com aqueles que voce acha que só eles eram cultura, ta?? inclusive achei muitos comentários dessas pessoas a cantora IVETE sobre sua qualidade vocal, e o seu talento como cantora em que poderia explorar em outros gêneros) Porem a mesma com sua personalidade forte sempre afirma: meu segmento é o axé.

Ivete é hoje uma das artistas com maior aceitação do público brasileiro. Possui o talento de conquistar as pessoas invejavel. O fato é: no que ela se propõe a fazer, ela hoje é a melhor!

Nesse seu blog( que conheci por causa da IVETE, onde sugiro voce agradecer a Ivete pela audiencia e visitação que este terá por causa dela, ta, ehhehe) percebi o tamanho da sua desinformação sobre cultura. ME parece que voce conhece muito pouco sobre as riquezas culturais do nosso pais e sobre a diversidade da riqueza musical que ele tem. Ao falar, expresse a sua opinião na 1ª pessoa e nao fale em nome da cultura intelectual deste país.

Adoro a Ivete, suas musicas, seu estilo e sua qualidade vocal. Ela é uma grande artista.

Ah, preciso ter que informa-lo: ELA TÁ BEM VIVA E FAZ PARTE DA CULTURA DESSE PAÍS!( VOCE GOSTANDO OU NAO) ATE PQ NAO DEPENDE DE VOCE. RESPEITO SUA OPINIÃO DE NAO GOSTAR DELA. ELA NÃO É UNANIME E NINGUEM NUNCA SERÁ. HÁ QUEM GOSTE MUITO DELA E HÁ QUEM NAO, COM TODOS É ASSIM, PQ SERIA DIFERENTE COM ELA? e mais, voce vai comprovar que IVETE tem poder ate mesmo de fazer viver o que nao era vivo, nem visto: SEU SITE!

TENHA MAIS EMBASAMENTO SOBRE O QUE ESCREVE, TA? PENSEI EM ESCREVER MUITA COISA PRA VC, MAS DESISTI E COMECEI A MUDAR MEU TEXTO. TENHO MUITO MATERIAL SOBRE CULTURA E TBM SOBRE A IVETE. COMO FIQUEI NA DUVIDA SE ENTENDERIA O QUE ESCREVERIA, NAO FUI ADIANTE E PAREI. AGUARDO RESPOSTA SUA, SE QUISER, EU ENVIO PRA VOCE.

AH, PARABENS! SÓ NAO POSSO CHAMA-LA DE BURRA, HEHE.

VC FEZ MARKETING, FOI?? PQ A SUA ESTRATEGIA FOI EXCEPCIONAL, USAR IVETE PARA ATRAIR LEITORES AO SEU POBRE BLOG.

DANIEL MEDONÇA FILHO
DOUTORANDO EM EDUCAÇÃO PELA UNB
TESE: AS CULTURAS NOS MEIOS POPULARES : A SINTESE DO NOSSO POVO!

Resposta

Coveirinho Pop
ocemiterio.wordpress.com
coveiropop@bol.com.br
187.35.200.**
2010/05/07 at 22:25 | In reply to Daniel.

Daniel,

o meu pior pesadelo se concretizou em seu prolixo comentário. Fãs das Ivetes, dos Luans, dos ‘bondes’ da vida, sentados sobre seus grossos canudos e discursando, a soldo de um prato de feijão, em defesa de seus ídolos de papier maché.

Em minha humilde condição de coveiro não posso, como tão bem fez o senhor, subir ao púlpito e reivindicar, a reboque de pirotecnias curriculares, a posse de verdades absolutas. E nem desejaria. Este blogue é, tão-somente, uma introspecção externada, um exercício de opinião civil.

Lamentavelmente para aqueles aqui sepultados estas opiniões – não se sabe se pela contundência ou pelo conhecimento de causa por sobre o qual foram formuladas – vão ao encontro de noções semelhantes em uma parcela considerável de visitantes, mais ou menos atentos, que não precisam recorrer a certificados para fazer valer seus pontos-de-vista, sejam lá quais forem.

Temo concluir que suas credenciais, apesar de respeitáveis, falham exatamente neste quesito, coerência, e apenas amplificam o mal-estar pela sua expressão de idéias absolutamente contaminadas, por tal grau de deslumbramento, que comprometem sua pretensão de estabelecer-se como douto especialista em qualquer assunto além das cercanias de seu arraial, e quiçá, até mesmo daqueles nele inscritos.

Debruçando-me sobre tudo o que expõe acerca do seu amplo conceito do que é cultura, percebo que realmente falhei ao desclassificar Dona Ivete da categoria ‘produto cultural’ e não reclassificá-la na categoria ‘cultura mercenária’.

Se tivesse procedido desta maneira, talvez se estabelecesse um ponto de convergência entre nossos conceitos que aproveitasse a sua pacificadora assertiva de que ‘tudo é cultura’. Você tem razão. A questão é o TIPO de cultura e a direção que cada um deles nos aponta.

Asseguro-lhe que, num gesto de boa vontade, em futuras menções à diva inspiradora de seus sonhos molhados, não cometerei o engano de omitir tipo e subtipo cultural que Veveta tão bem representa. Certamente, isto agradará àqueles que têm interesse em tirar a limpo as classes culturais baianas e talvez até, desta nação zumbi.

Não discuto as qualidades e habilidades que atribui à ‘cantadora’, se ganhou Grammies (este é o plural de Grammy) ou sei lá mais o quê. Isso é MUITO relativo e você precisaria ter um conhecimento maior de como funciona a máquina midiática para entender o processo de ‘montagem’ de um produto, como é a sua ‘biona’ de Salvador.

Evitando aprisionar-me em minhas próprias convicções, mantenho-me aberto a opiniões, conselhos e críticas de pessoas dos mais variados pontos-de-vista. Seu trabalho acadêmico talvez desperte interesse a outros visitantes, além de mim, e democraticamente abro-lhe a possibilidade de divulgá-lo aqui. Faço votos que as teses ali defendidas lhe atribuam uma imagem mais respeitável que a de mero autômato replicador de sofismas.

Penso que, de festas, já temos o bastante. Um calendário estressante de eventos que anestesia o povo de seus sofrimentos, alienando-o de sua consciência cidadã em várias esferas.

Para alguns, Daniel, isso é positivo, pois estes mesmos exploram de múltiplas formas um povo que não se dispõe a sair às ruas por suas lutas coletivas (que em última instância são também particulares), mas que com prazer irracional, move-se em rebanho atrás de trios elétricos, deixando um rastro de desigualdades, injustiças e atrasos político-sociais. Isto também lhe parece positivo?

Esta nossa correspondência também deverá servir como resposta a Raoni Franco e a Anderson Lucas, e será publicada na seção SAC deste cemitério.

Clique aqui para retornar ao SAC.

14 Respostas para “Certificado Jedi de mediocridade

  1. acabo de conhecer o blog, estou lendo tudo no meu tempo livre a 2 dias.
    VC É O BOCA DO INFERNO!
    meus parabens, adorei tua redaçao, ela é linda, fico meio triste ao fim de cada texto, pois apesar do humor, o fatalismo da morte que assobra o blog me deixa meio pra baixo ….

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    • Hahahaha!
      Caro Claudio,
      aqui, rindo ou chorando, o importante é refletir.
      E, por falar em sensações, você entenderá que o blog é permeado de sensações humanas.
      Amor, ódio, altos, baixos, lirismo, picardia.
      Espero que aprecie, um grande abraço.

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  2. Não tinha ainda observado este post do baiano aí, fã da Vevete. Sou professora, graduada e pós graduada em História. Simplesmente fiquei muito surpresa ao ler a manifestação baiana aí em cima. Sim, há culturas diferenciadas nesta terra de dimensões continentais. Mas não acredito que Ivete seja uma representante da cultura baiana. Seus serviços são prestados em termos capitalistas: eu canto algo que parece axé, todo mundo saracoteia e depois vocês me passam o que realmente intere$$a. Se der, um trofeuzinho vem bem também… Ahm… Não me especializei em folclore ou cultura, confesso. A ênfase de meu trabalho em pesquisa histórica, primeiramente foi a trajetória da mulher na história da humanidade e depois os regimes de excessão(ditaduras). Mas ao ler o comentário aí em cima com fumos de eloquência remendada, concordo com que Bruno falou. E me congratulo com vc CoUve, que faz críticas aos desmandos sociais que assolam esta terra, regados a funks culturais, trios elétricos culturais, sertanojos culturais, mediocridades culturais em geral. Talvez poucos leiam este blogue, em relação ao número de pessoas que se anestesiam diariamente em frente às telinhas miseráveis e sua programação cultural rampeira, assistida por intelectualóides que com certeza aplaudem a oratória do Bial e do Jô, com a mesma euforia com que babam pela pseudo cultura do axé da Ivete.

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  3. Mesmo apos, tanto tempo da publicaçao deste “dialogo”, eu preciso dizer…

    Eu fiz Letras, e cara, se esse “cidadao” fosse meu professor… eu desistiria de tudo e me enterraria…

    Ele é doutorando em educaçao??? Ah, agora entendi, porque é que a Educaçao nesta “terra-de-ninguém” está indo de encontro ao destino trágico da destruiçao com hora marcada.

    É, complicado isso… muito complicado…

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  4. Depois vou comentar com mais embasamento, por ser estudiosa do Lazer academicamente, também estudei cultura, e esse conceito de cultura citado anda um pouco defasado.

    Eu sempre entendi também que não há uma hierarquia: cultura melhor ou pior, e não acho que esse é o popósito do presente site. Mas é fato que a indústria cultural utiliza de elementos populares, e até eruditos para criar algo palatável para conquistar a maior massa possível de seguidores, porque o seu objetivo é o LUCRO [por isso é relativo usar como argumentos os grandes feitos e vendas da pretensa diva. Isso é sinal que seu propósito de alienação é bem sucedido, e que ela tem atras de si um trabalho de marketing bem elaborado].

    O aspecto mais preocupante da indústria cultural ao meu ver, é que para vender mais, nivela-se por baixo, para que o produto acesse ao maior número possível de CONSUMIDORES. Se nivelassem por cima e lucrassem trazendo algum benefício à sociedade, já que ganham rios de dinheiro, seria menos degradante.

    Infelizmente não é isso que vemos, como muito bem colocado pelo coveirinho, apenas aliena, anestesia… e isso não colabora em nada para o indivíduo, e muito menos para coletividade.

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  5. O célebre e eminente baiano denominado “Águia de Haia” – Rui Barbosa de Oliveira – um dos maiores cérebros da nossa história, que tanto orgulho e enaltecimento nos deixou como legado nesta terra varonil, deve estar se contorcendo em seu túmulo em face das barbaridades cometidas por alguns de seus contemporâneos conterrâneos. Ainda bem que sua inteligência era tamanha, que ele já previa o que iria ocorrer no futuro, o que possivelmente lhe amortizaria o impacto trágico caso estivesse vivo.

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  6. Coveininho,
    eu sei que escrevi pra caramba aí em cima, mas acho que vale dizer, ainda uma vez: que fã mais mala esse. E para um quase-doutor, que português… lamentável.
    Agora, Coveirinho, responda-me se for capaz: por que será que os fãs chatos dessa chata sempre se acham tão íntimos da “musa”?

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    • Veja, Marta,
      acho que toda essa coisa de se sentir próximo ao ídolo é produto da mensagem subliminar do material que eles distribuem aliado à fantasia psicótica desse pessoal.
      Só pode ser!

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  7. Coveirinho,
    eu tenho um lema: vá à Bahia, mas não me convide. Desenvolvi esta convicção desde a última vez que visitei aquela capital nordestina. Aliás, cabe dizer, aqui, que meus destinos preferidos estão no Nordeste: Natal, Fortaleza…
    Em Salvador, além da sujeira, deparei-me com um comportamento transgressor, relatado desde Gregório de Matos, o Boca do Inferno, célebre crítico dos comportamentos transgressores então observados na cidade da Bahia de Todos os Santos. Mas isso nem vem ao caso.
    Em 2007, quando fui para lá, me conformei, já que aquele é o território da música baiana. Depois de três dias lá, curiosa, perguntei à guia da excursão, que nos levou a Morro de São Paulo, se o pessoal lá não “curtia” Ivete Sangalo, Cláudia Leite, Daniela Mercury, as chamadas “musas do axé(rca)”. Ela me disse que sim, que todos as adoravam.
    Não satisfeita, comentei que tinha achado estranho, embora estivesse aliviada, não tê-las ouvido até então.
    Restou-me refletir e chegar à obvia conclusão de que o lixo ninguém bota para dentro de casa. Por isso, é que essa porcariada rebolativa e deprimente só faz sucesso no deslumbradíssimo “Sul Maravilha”, cheio de especialistas em pasteurização de “ídolos” e que, na verdade, nos empurram goela abaixo esses produtos comerciais da pior qualidade e ainda acusam aqueles que não gostam do tal lixo de preconceituoso, intolerante, elitista, entre outros adjetivos .
    Por isso, Coveirinho, “estou contigo e não abro”: derrube caminhões de terra sobre esse lixo. Talvez, até, seu cemitério deva ser tornar um aterro sanitário, a fim de evitar que o chorume que escorre destes dejetos não venha a contaminar outros terrenos.
    Ah, num outro post tinha dito que precisava de um professor de português para me ajudar a interpretar o chorume de um “chã” ( chata +fã). Mas eu não preciso, não, pois eu sou professora de português. Sendo assim, devo recomendar ao doutorando aí de cima que, melhor do que defender o indefensável, ele contrate, urgentemente, um especialista na língua pátria para auxiliá-lo na tarefa de concluir seu doutoramento.

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  8. Deus me livre e me guarde! Se o texto do rapaz ali em cima é de um doutorando, então que será daqueles que ainda se sentam nos bancos escolares das escolas primárias e secundárias?

    É o fim da EDUCAÇÃO neste país. Irônico, não?

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Atire uma pá de cal (comente!)