Amaury Jr.

Amaury de Assis Ferreira Júnior

¤ 28/09/1950 –  † 15/03/2010
Colunista nada social

Epitáfio: “A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos,
conforme o metal de que somos feitos
(George Bernard Shaw)

O que acontece na dura lida diária como um muito típico coveiro de celebridades, é que você caleja, se brutaliza, perde la ternura. Apesar das tétricas visões deste submundo pelo qual trafego tento proceder dentro da maior dignidade possível, respeitando a sensibilidade do caro leitor que já se habituou a visitar este espaço e aquele que, passando em frente, decide entrar.

No entanto, ocorre que mesmo acostumado a pisar e repisar o grosso lodo que forra essa rotina, surgem tarefas que ainda me tiram do eixo e fazem meu estômago revirar. É o caso de repassar os episódios da vida de Amaury Jr. em seus mais de 25 anos sobrevivendo dos restos da escória política, cultural e social desta grande bunda de 8 milhões de quilômetros quadrados na qual fincamos o mastro de uma desonrada bandeira verde-amarela.

Mesmo pretendendo que sua atividade adquira o rótulo de jornalismo (que não é!), tornou-se, isso sim, o arauto-mor de uma elite cafona, atroz e retrógrada cujos valores não faz questão de ostentar com o mesmo orgulho que exibe seus sapatos e carrões, às vezes apreendidos em contâineres de contrabando.

Nascido para a subserviência e naturalmente equipado com uma mentalidade utilitarista, em sua trajetória já tropeçou milhares de vezes em limites éticos por acariciar o ego de delinquentes do calibre do cafetão Oscar Maroni;  a socialite-presidiária Wilma Magalhães; o mega-caloteiro Ricardo Mansur; a ‘dona Daslu’, Eliana Tranchesi; entre muitos outros que cruzaram a linha que separa crime e legalidade. Cala-te boca, Coveirinho!

Ora, se o pedantismo de Amaury lhe permitisse ler e compreender estas mal compostas linhas, responderia ele, para si mesmo, que afinal o que realmente importa são os 150 mil amaldiçoados reais, em dinheiros de hoje, que cobra de pedágio para aguentar os perdigotos da estupidez de seus satisfeitos ‘convidados’ lançados à sua (dele) cara num programeco de tevê que nem me dou ao trabalho de comentar.

Ao contrário do que tenta propagar, não existe conteúdo, não existe elegância, não existe prestação de serviço, não existe informação útil, não existe nem o maldito glamour em nenhum de seus produtos, editoriais ou televisivos. Existe apenas o fedor de carniça que exala de bocas endinheiradas que babam em seu microfone, apenas o cheiro de  merda que satura o ar dos ambientes por onde arrastam a carcaça.

Lamento que o dinheiro e as amizades não lhe possam garantir um bom e definitivo lugar no além.


46 Respostas para “Amaury Jr.

  1. Coveirinho, acho que vc vai perder seu emprego de coveiro das celebridades para ele. Ele é que nem um urubu, se alimenta dos restos mortais de famosos e sub celebridades. Toma cuidado, meu amigo !!! Esse carniceiro sente o cheiro dessa raça a quilômetros de distancia !!!

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      • Desculpe. Foi uma infeliz comparação. kkkkkkkkkkk. Mas valeu a dica, amigo Frango Doido. Os urubus tem mais utilidade para o meio ambiente do que o Amaury Jr. no show business !!!

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Atire uma pá de cal (comente!)